sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo.

Feliz Ano Novo.

O ano novo foi morto pelo velho
Que também matou a esperança
Deixando para o ano seguinte
Tristeza, ódio, stress, desamor e ganância

O ser humano passa a acreditar
Que o ano novo vai ser melhor
Mas ele se esquece
Que é ele que torna tudo pior

Família toda reunida somente nesse dia
Que por conhecidencia é o ultimo do ano
A paz e união reinam somente em um dia
Por que nos restantes estarão brigando

Esse ano velho morreu e um novo esta para nascer
Mas esse ano de paz, alegria, amor e união quem vão conceber?
Os seres humanos que aqui estão?
Ou os que estão para nascer?
Espere o feliz ano novo que a resposta há de aparecer.

Autor: Elvis poeta de rua.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Hoje acordei olhei para o lado...




Hoje acordei olhei para o lado...

Hoje acordei olhei para um lado olhei para o outro e depois dormi.
Hoje acordei olhei para um lado olhei para o outro e depois dormi.
Hoje acordei olhei para um lado olhei para o outro e depois dormi.
Pode parecer até estranho, ficar repetindo essa frase, mas é o máximo que consigo lembrar com minha memória dominada pelo mal de Alzheimer.
Minhas lembranças foram roubadas com a chegada da minha idade, e nesse exato momento, com minha memória no seu estado normal irei descrever ou tentar descrever minha pouca vida.
Posso começar pelo dia em que o Alzheimer me dominou foi um dia em que o sol invadia meu quarto pela janela e seqüestrava minha atenção desde então só me lembro que hoje acordei olhei para um lado olhei para o outro e depois dormi.
Hoje acordei olhei para um lado olhei para o outro e depois dormi.
Hoje acordei olhei para um lado olhei para o outro e depois dormi.
Lembro agora que estava escrevendo sobre algo, mas parece que me falta o controle da memória
Agora lembrei hoje acordei olhei para um lado e observei minha companheira com a face cansada, o olhar triste, uma lagrima que escorria pela sua face e molhava o chão e depois disso só lembro-me de olhar para o outro lado e dormir.
Não sei ao certo o que meu corpo esta fazendo, ou, se ele esta fazendo algo, só sei que estou em um eterno circulo de acordar olhar para os lados e dormir.
Lembro-me como se fosse nesse exato momento em que acordei fui ao banheiro, lavei o rosto, escovei os dentes, penteei o cabelo fui à mesa do café e dormi e depois que o Alzheimer me dominou só tenho controle da minha vida quinze minutos por dia, isso quando tenho controle, pois tem dias que não tenho nenhum controle sobre meu próprio corpo.
Recordo que um dia estava em pleno controle do meu corpo e mente quando acordei e ouvi minha companheira falar que não agüentava mais ter que cuidar de uma pessoa, e que eu jamais iria lembrar-me dela novamente então falou em me deixar em um asilo e voltar a viver... Como eu também queria fazer o mesmo queria abandonar meu corpo e nunca mais ter direito a quinze minutos de memória só para acreditar que poderei novamente retornar.
Quero estar preso a uma única rotina a de dormir eternamente em minha mente e jamais ter que dizer.
Hoje acordei olhei para um lado olhei para o outro e depois dormi.
Hoje acordei olhei para um lado olhei para o outro e depois dormi.
Hoje acordei olhei para um lado olhei para o outro e depois dormi.
Hoje acordei olhei para um lado olhei para o outro e depois dormi.

Autor: Elvis poeta de rua.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Acróstico com meu nome (ELVIS DA SILVA SALGUEIRO)

Ente sonhos eu naveguei
Lagrimas já derramei
Verbos eu já decifrei
Isso tudo para te mostrar
Simplesmente meu dom de poetizar

Dei voltas na lua e retornei
Agora achei o que nunca encontrei

Sentimentos de amor eu já provei
Inventar um novo amor eu já tentei
Lentamente descobri que fracassei
Vejo que nada procurei
Acredito somente no que conquistei

Sou poeta de rua pela poesia
Ando entre sonhos e fantasias
Ligando cada pessoa com alegria
Ganhando mais do que sabedoria
Unindo corações despedaçados
Enquanto o meu ainda esta em pedaços
Isso é o que me torna um poeta
Respeitado pela poesia viva
Organizador das frases nessa simples poesia.

Autor: Elvis poeta de rua.

Acróstico com meu pseudônimo (ELVIS POETA DE RUA)

Eu sou o poeta do amor
Levo comigo a sua dor
Vivo cada segundo feliz
Inventando cura para a cicatriz
Sem perder minha diretriz

Poetizo sobre a vida e o mundo
Observando o passado e futuro
Enxergando através do coração
Trancados por causa da solidão
Agüentando suas desilusões

Darei meu melhor para transformar
Essa poesia em fonte para te banhar

Risco aqui alguns versos sobre mim
Umas frases me definiram sem rancor
Alegria, felicidade e amor.

Autor: Elvis poeta de rua.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Cadê papai, Noel?




Nas ruas você sempre encontrara crianças fazendo essa pergunta: cadê papai, Noel?
No natal não seria diferente, não por acreditar ou desacreditar dessa pessoa que é Noel, mas por não acreditar no nome papai.
Uma criança certo dia parou na praça e ficou a se perguntar existe mesmo um papai, Noel?
Se ele existe por que não me aceitou igual a todas as crianças que ele tem?
Nem ao mesmo sei quem é papai, Noel. Será esse o meu destino nessa vida ser abandonado nas ruas sem conhecer uma família, sem ter uma casa para morar uma mãe para beijar e ouvir contar historia a noite, e papai será que um dia vou poder conhecer para saber se ele é gordo, se tem barba grande e branca, se anda por ai numa carroça ou trenó e será que ele tem cavalos ou renas?
Não sei ao certo como é papai, Noel, mas posso dizer pelo que ele fez por mim o que ele deve ser.
Ele deve ser uma pessoa que também foi abandonado pelos pais e que por não conseguir encontrar o seu papai ele quis fazer o mesmo comigo.
Muitos têm seu pai ao seu lado, mas não sabem se são mesmos seus pais ou se são apenas alguém que o colocou nesse mundo para sofrer sem carinho, amor e felicidade.
Não quero presentes nesse natal talvez seja por não ter uma chaminé para o seu Noel descer, ou meias para ele colocar os brinquedos, na verdade não tenho nem casa como posso mandar uma carta para Noel se nem tenho endereço?
Minha carta será apenas mais uma perdida entre milhões de cartas de crianças que moram nas ruas comigo.
Talvez o “bom velhinho” passe por cima de mim e nem me note com tanta sujeira ao meu redor.
Como posso chamar de “bom velhinho” alguém que nunca me fez o bem?
É confuso acreditar que somente no natal somos ouvidos ou notados nessa grande cidade entre lixo e bichos.
Papai, Noel esta fazendo de tudo para me dar o presente mais difícil do mundo seja legal com ele e também me ajude a encontrar esse presente.
Não quero nada que possa ser comprado, emprestado, devolvido, roubado ou encaixado meu presente é somente uma pessoa que poderia olhar para mim e me reconhecer pela face sofrida, pela pele suja da vida na rua, pelo corpo surrado pelo tempo, pelas lutas travadas contra a morte. Não sou de pedir muito por que também não tenho nada.
Senhor Noel termino por aqui essa carta com uma pergunta que não sei se poderá me responder ou me trazer esse presente, mas cadê papai, Noel?

Noel cadê meu papai, cadê papai, Noel?

Não sei se poderá me ajudar a encontrar esse presente que hoje em dia é o mais valioso do mundo, pois muitos no natal são Noel, mas nenhum é um Papai de verdade.

Autor: Elvis poeta de rua / Elvis da silva salgueiro

Dedicado às crianças de ruas que não sabem quem é seu Pai e nem quem é Papai, Noel.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Meu livro de poesias já a venda por 25,00

Meu livro de poesias já a venda por 25,00 se quiserem é só me enviar e-mail para : elviszlzn@hotmail.com clique na imagem para ver melhor o livro.

sábado, 20 de agosto de 2011

Do ventre.




Do ventre vem a vida
Da vida a esperança
Do amor vem a saudade
No olhar de uma criança

Do ventre vem o novo
Do novo vem o futuro
As crianças que hoje choram
É por falta de amor puro

Do ventre vem o verbo
Do verbo a poesia
Do poeta vem à escrita
Com tristeza e alegria

Do ventre surge o homem
Do homem a maldade vem
Sem ventre não existiria
Esse mundo que hoje tem

O ventre sangra por dentro
E por dentro gera um novo fruto
Mas quando o ventre trás a vida
A vida faz sangrar o mundo.

Autor: Elvis poeta de rua.