sexta-feira, 24 de junho de 2011

A cidade.







Por aqui quando cheguei
Logo de vista já estranhei
As pessoas não se cumprimentavam
Não conversavam e não se amavam

Eram umas inimigas das outras
Mesmo todos sendo pessoas
O ar cheirava diferente
Misturado pelos poluentes

A água era concentrada
De flúor e cloro para não ser contaminada
Porem essa mesma água era a que matava
De um câncer que a medicina não curava

Os carros eram necessários em postos
Que viviam do petróleo
E assim faziam seus monopólios
O ser humano era guiado de carros aos seus velórios

Ouço um grito de socorro hediondo
Atravessando as camadas da estratosfera e troposfera vinda de ozônio
Esse mesmo grito ainda não é ouvido com tanta clareza
Mas ambos gritam: a camada de ozônio e a mãe natureza

Os alimentos também tiveram seus momentos
E hoje nos alimentamos de transgênicos
A cidade evoluiu para a década seguinte
Que antecede o apocalipse, enquanto a ciência se foca no eclipse

A cidade tem crianças com fome de esperança
Tem poetas com fome de sabedoria
A cidade não passa mais confiança
Só nos mostram o fim dos dias

Nessa cidade tem fumaça de cigarros
Também concentradas pelas fumaças dos carros
Meus pulmões nessa cidade não conseguem respirar
Talvez fosse por isso que quiseram de me deixar

Aqui nessa cidade a embriaguez também mata
Apenas com uma dose de cachaça
Quando aqui cheguei sonhei em mudanças para mim
Mas ao por os pés nessa cidade acabei encontrando o meu fim.

Autor: Elvis poeta de rua.


Nenhum comentário:

Postar um comentário